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10 abril 2015

“Descida ao Inferno “

A Caminhada prometia; fizemos-lhe jus, concentrando-nos, em alegre convívio e abraços, enquanto trocávamos impressões e interpretações relativas à excelente frontaria da Igreja Matriz.
Concentração na Praça do Município com a Igreja Matriz em pano de fundo
e o tribunal à direita.
Praça do Município
Tablado
O Sol brindou-nos, luminoso, parecendo sorridente e feliz em nos acompanhar aos sítios dos nossos antepassados; seguimos um dos seus raios, até ao Tablado, onde, não vai muito tempo, se fixava o preço da amêndoa a nível nacional, prosseguimos rumo ao Largo da Conceição, centro de um longínquo núcleo habitacional, visitando S. Pedro e a Fonte Nova já a pensar no Salgueiro; parámos e lembrámos o tempo em que as nossas Mães, que homenageamos, aqui vinham lavar, procurando a fraguinha onde brotava água mais quente do que a do ribeiro, tornando a roupa “mais branca”.

Força nas canetas
A descer todos os santos ajudam
Pausa para beber água e ouvir algumas histórias sobre o Salgueiro
Terrinca ou amendruco (amêndoa ainda tenra)
Em amena cavaqueira nem se dá pelos metros percorridos
Mais uma pausa para beber da sabedoria de quem sabe do assunto
Antigo caminho entre muros ornados por amendoeiras
Convívio entre gerações, mais um dos objectivos cumprido
Uma legião de amigos

A encosta de acesso ao Cerro da Pereira fez o primeiro teste à resistência física; superado, em bom estilo, inebriámo-nos ao entrar no Vale do Forno com o Museu a saudar-nos no outro morro.

Apreciando o Museu do Côa
Foz Côa no horizonte
Onde estão os espargos ?
O carro vassoura não faltou


Azedas.
Em salada ou misturadas com batata cozida e azeite sabem sempre bem.
Que bem se deve ver a paisagem lá de cima
Um grupinho jeitoso
Se as pernas falharem, eu não caio :)
E os espargos ? Nem vê-los !!!
Deve estar com pressa para ir apanhar o comboio à estação do Côa...
Descontraidamente e sem pressa
O Douro e o Côa juntaram-se deixando-nos satisfeitíssimos se mais não houvesse; mas havia, as velhas vinhas, destacadas as pedras das latadas e os buracos vazios nas paredes, das retorcidas cepas, lembram-nos os locais inimagináveis, hoje, das culturas de ontem. A Tulipa Silvestre mostrou-nos a sua beleza enquanto as frágeis raízes se perdiam na talisca da fraga.

As duas pontes sobre o Côa
Sobre a esquerda da imagem as pedras destacadas que serviam de suporte às latadas
As figueiras já estão a "bombar"
Uma intrusa amarela
Um outro olhar sobre as duas pontes que atravessam o Côa
Explosão cromática primaveril
Rio Côa muito próximo da sua foz
A subir não há santo que ajude...
Feito o reabastecimento de água recebemos a primeira lição da nossa guia, a Dr.ª Dina, referente ao histórico do processo barragem / gravuras. Deliciados, atacámos o empedrado do percurso; ao avistar o sítio das Gravuras sentimos vontade de apressar o passo para mais rapidamente atingirmos o mais alto objectivo.

Ah Ah !!!!
Finalmente um espargo selvagem !!!
A paisagem não necessita destes "adornos"...
"Restos" de uma obra que em boa hora foi interrompida,
mas que deixou cicatrizes profundas na beleza do trecho final do Vale do Côa
Beleza e fragilidade em tons vermelhos
O Sr. Victor, segurança do local, de sorriso aberto, recebe-nos e, com o olhar atento, abraça-nos. Formando pequenos grupos, a Dr.ª Dina, com rigor e alto saber, leva-nos aos locais onde a arte assume o maior esplendor. Os Auroques, os Cavalos, as Cabrinhas, inclusive a mascote e símbolo do Parque, mostravam-nos a sublime arte dos nossos antepassados. As águas do Côa ondulavam como em saudação que agradecemos.

Um merecido descanso e um colinho muito ternurento
Gravura rupestre no sítio da Canada do Inferno
O Côa na Canada do Inferno

Visita ao núcleo de gravuras rupestre da Canada do Inferno

Visita ao núcleo de gravuras rupestre da Canada do Inferno
Visita ao núcleo de gravuras rupestre da Canada do Inferno

O Côa na Canada do Inferno
Reunido o Grupo, achou-se por bem transferirmos o repasto convívio para o Parque do Depósito, onde água e mesas à sombra proporcionaram amistoso Convívio. Partilhadas as merendas e contadas algumas histórias, com votos de Boa Páscoa, despedimo-nos até à próxima.
Momentos de convívio
Que bem se está à sombra
Água tinta ???   Aqui há gato...
Várias gerações à mesa
A conversa estava animada
Quereis provar da minha punheta de bacalhau ???
A parceria Museu do Côa – Foz Côa Friends, Associação com o apoio da Câmara Municipal, satisfez o desejo dos participantes que nos manifestaram muito agrado.

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