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24 maio 2011
Vila Nova de Foz Côa - Poema
Vila nova de Foz Côa,
Terra linda hospitaleira,
Tu tens um Museu que ecoa,
É tua nova bandeira!
Tens tudo quanto precisas,
Para quem te vem visitar,
Sabes fazer as conquistas,
E no altar as consagrar.
Com tuas amendoeiras,
Teus frondosos olivais,
Das tuas terras brotadas,
Onde há soberbos vinhais.
Foi o Paleolítico, no fundo,
Que mais te tornou famosa,
Ao mostrar a todo mundo,
Que foste sempre formosa!
Poema: Jorge Vicente (Fribourg - Suiça)
01 maio 2011
Os "Embaixadores” do Concelho de Foz Côa
FRI-LUSO, um jornal periódico português publicado em Fribourg-Suiça, edição que tem entre os seus principais impulsionadores e responsáveis, o nosso estimado conterrâneo – Jorge Vicente.
Um forte abraço para ele e para todos os nossos emigrantes.
Duas malas na mão,
Mil sonhos para realizar.
Porém, uma grande dor no coração
Por sua terra ter que deixar.
(…)
De: Denis Cavadas
Site do Jornal: http://www.friluso.com
Poderá ainda consultar o FRI-LUSO, assim como as 6 últimas edições em: http://friluso.no.sapo.pt
08 fevereiro 2011
A Emigração Portuguesa em França
No presente texto, são apresentados os principais êxodos de Portugal para França, e analisados num contexto político: a Primeira Grande Guerra e a Instauração da Ditadura em Portugal.
A situação política de um País, nomeadamente de Portugal, é decisiva no tratamento global das questões sociais. A questão da emigração pode então, aparecer como sintoma dessa política. Quando analisada faz emergir problemáticas intimamente ligadas com a história social, politica, económica e intelectual do País.
O exílio de intelectuais portugueses em França, que é uma constante na história das relações franco-portuguesas, denuncia, a determinados momentos, um ambiente político austero, constrangedor e inadaptado à emergência de ideias inovadoras, livres e defensoras dos direitos humanos.
Foi num contexto de rigidez política que, já no século XIX, escritores de veia liberal e humanista como Alexandre Herculano ou Almeida Garrett, foram levados pela contra-revolução absolutista em Portugal, a exilarem-se em França.
Foi igualmente um acontecimento político, este de dimensão internacional, que deu lugar à primeira grande vaga de emigração portuguesa: a Primeira Grande Guerra (1916 – 1931). A guerra, como acto político de violência máxima, iniciou uma fase decisiva na história da emigração portuguesa em França. Até aqui, só um número bastante reduzido de intelectuais e artistas o tinha feito. O principal destino da emigração económica era o Brasil. A entrada de Portugal na guerra em 1916, ao lado de França e de Inglaterra, veio introduzir uma mudança radical na escolha desses destinos, com o envio de um corpo expedicionário para França (nas trincheiras de Calais, no Norte da França), composto por 20.000 trabalhadores, recrutados como “mão-de-obra”, no âmbito de um acordo celebrado entre os dois países. Um grande número deles, não regressaria a Portugal no final da guerra, mandando posteriormente, alguns familiares vir ao seu encontro.
A segunda grande vaga de emigração inicia-se após outro acontecimento político, com consequências devastadoras para o País. O Golpe de Estado militar, que em 1926 instala em Portugal uma longa ditadura que perdurará até 1974. Este, introduz um conjunto de restrições sociais que vêm retirar aos cidadãos uma série de direitos fundamentais: proibição do direito à greve, censura, sindicatos ligados ao Estado totalitário, ausência de eleições livres, omnipresença de uma Polícia de Estado, a despolitização das pessoas, a guerra colonial, a miséria, a ausência de liberdade de expressão, ou seja, o fascismo. Uma vez no poder, esta política totalitária inicia uma verdadeira degeneração social, desencadeando a emigração em massa, não só politica como também intelectual, mas acima de tudo, económica. Os anos 1962-66 conheceram o primeiro grande impulso da emigração portuguesa. França torna-se a partir daí, e até aos anos 80, o principal destino dos emigrantes portugueses. Em 1968 havia 500.000 portugueses em França, em seis anos, de 1962 a 1968, o número multiplicou-se por dez. Nos anos de 1969 e de 1970, entraram em França 80.000 trabalhadores portugueses (homens e mulheres), totalizando 120.000 pessoas com os restantes membros da família. Há hoje em França, cerca de um milhão de portugueses, constituindo uma das mais importantes e numerosas comunidades estrangeiras em França.
Perante estes dados, históricos e sociológicos, podemos propor a seguinte hipótese: a Emigração Portuguesa em França, é um feito social propulsado pelas políticas violentas do Estado Português?
Foi igualmente um acontecimento político, este de dimensão internacional, que deu lugar à primeira grande vaga de emigração portuguesa: a Primeira Grande Guerra (1916 – 1931). A guerra, como acto político de violência máxima, iniciou uma fase decisiva na história da emigração portuguesa em França. Até aqui, só um número bastante reduzido de intelectuais e artistas o tinha feito. O principal destino da emigração económica era o Brasil. A entrada de Portugal na guerra em 1916, ao lado de França e de Inglaterra, veio introduzir uma mudança radical na escolha desses destinos, com o envio de um corpo expedicionário para França (nas trincheiras de Calais, no Norte da França), composto por 20.000 trabalhadores, recrutados como “mão-de-obra”, no âmbito de um acordo celebrado entre os dois países. Um grande número deles, não regressaria a Portugal no final da guerra, mandando posteriormente, alguns familiares vir ao seu encontro.
A segunda grande vaga de emigração inicia-se após outro acontecimento político, com consequências devastadoras para o País. O Golpe de Estado militar, que em 1926 instala em Portugal uma longa ditadura que perdurará até 1974. Este, introduz um conjunto de restrições sociais que vêm retirar aos cidadãos uma série de direitos fundamentais: proibição do direito à greve, censura, sindicatos ligados ao Estado totalitário, ausência de eleições livres, omnipresença de uma Polícia de Estado, a despolitização das pessoas, a guerra colonial, a miséria, a ausência de liberdade de expressão, ou seja, o fascismo. Uma vez no poder, esta política totalitária inicia uma verdadeira degeneração social, desencadeando a emigração em massa, não só politica como também intelectual, mas acima de tudo, económica. Os anos 1962-66 conheceram o primeiro grande impulso da emigração portuguesa. França torna-se a partir daí, e até aos anos 80, o principal destino dos emigrantes portugueses. Em 1968 havia 500.000 portugueses em França, em seis anos, de 1962 a 1968, o número multiplicou-se por dez. Nos anos de 1969 e de 1970, entraram em França 80.000 trabalhadores portugueses (homens e mulheres), totalizando 120.000 pessoas com os restantes membros da família. Há hoje em França, cerca de um milhão de portugueses, constituindo uma das mais importantes e numerosas comunidades estrangeiras em França.
Perante estes dados, históricos e sociológicos, podemos propor a seguinte hipótese: a Emigração Portuguesa em França, é um feito social propulsado pelas políticas violentas do Estado Português?
Indicarei, para terminar, a título de curiosidade, um pormenor evocador das relações estabelecidas entre emigrantes intelectuais portugueses e os restantes emigrantes, normalmente operários. Com excepção de Manuel Alegre que viveu e partilhou com outros portugueses, os conhecidos “bidonvilles de Champigny”, as “barracas” em linguagem popular, todos os outros, se mantiveram afastados, desenvolvendo estratégias de demarcação social em relação aos seus compatriotas. Este facto, teve consequências na identidade colectiva dos portugueses em França, já que a sua contribuição, teria transformado a imagem e representação de todo um povo.
Hoje, cientistas, artistas, escritores e poetas, descendentes directos de operários portugueses, inscrevem-se plenamente no espaço nacional francês, uma “mais-valia” que o Estado Português não soube guardar!
De: Perpétua Neto
29 janeiro 2011
Encontro de Fozcoenses - Suíça 2010
Realizou-se no sábado, dia 11 de Dezembro, um excelente encontro dos Fozcoenses da Suíça, no restaurante «O Basilic» em Marly - FR
Este encontro contou com a presença, de muitos fozcoenses radicados no cantão de Fribourg, região onde mais residem.
Foi um evento muito divertido, realizado pelo Jorge Sadio e sua esposa Ilda, o Amândio e o Filipe, que estão de parabéns pela organização, e no qual se fizeram projectos para um novo encontro já para o próximo ano de 2011.
Bonito convívio, onde se cantou o fado, com a participação da prata da casa: O Zé Jaime, a Orquídia, Melhorado, Milú e Guilherme. Foram acompanhados pelo guitarrista: Celestino Mendes e viola: Carlos Nogueira, ambos de Viseu.
Comeu-se muito bem, beberam-se uns copitos, e conversou-se entre conterrâneos, pondo a conversa em dia…
Agradecemos à nossa Câmara o envio duma bandeira de Foz Côa que ficou muito bem repimpada ao lado da badeira Portuguesa numa das paredes do restaurante.
Vamos fazer um esforço para manter destes eventos no futuro, contando com as gerações passadas e transmiti-las aos mais jovens, (que eram muitos a participar) de forma a não deixar "morrer" esta iniciativa que muito nos une.
No próximo ano há mais… vá apresentando as suas ideias!
Longe da terra distante,
Também há gente de Foz Côa.
Na Suíça, ficam a montante,
Razão porque Foz Côa ecoa!
São sempre bem divertidos,
Estes encontros distantes,
Apuramos nossos sentidos,
Recordamos por instantes.
Põe-se a conversa em dia,
Canta-se um fado ao azar,
Começa sempre ao meio dia,
Finda à noite o mais tardar.
Serve p’ra matar saudades,
Da terra que nos viu nascer
Renovam-se amizades,
Juntos, não a vamos esquecer.
Vendo as novas gerações,
Talvez com menos emoções
Mas ficam nos seus corações,
Todas estas recordações.
De: Jorge Vicente