De um lado terra, doutro lado terra;
De um lado gente; doutro lado gente;
Lados e filhos desta mesma serra,
O mesmo céu os olha e os consente.
O mesmo beijo aqui; o mesmo beijo além;
Uivos iguais de cão ou de alcateia.
E a mesma lua lírica que vem
Corar meadas de uma velha teia.
Mas uma
força que não tem razão,
Que não
tem olhos, que não tem sentido,
Passa e
reparte o coração
Do mais
pequeno tojo adormecido.
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