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Vale da Veiga

Foto: Foz Côa Friends

Estação e Foz do Côa

30 de Junho de 2012

Foto: Foz Côa Friends

Paisagem avistada junto ao Castelo Velho - Freixo de Numão

26 de Maio de 2012

Foto: Foz Côa Friends

II Passeio pedonal pela Linha do Douro

Quinta abandonada - Almendra

Foto: Foz Côa Friends

II Passeio pedonal pela Linha do Douro

Rebanho nas proximidades da Srª do Campo - Almendra

Foto: Foz Côa Friends

Terrincas

Amêndoas verdes

Foto: Foz Côa Friends

Douro

Rio Douro próximo da estação de Freixo de Numão / Mós do Douro

Foto: Foz Côa Friends

Linha do Douro

Viaduto da Linha do Douro no Vale Canivães entre o Pocinho e a foz do Côa.

Foto: Foz Côa Friends

Pocinho

Vista geral sobre o Pocinho a partir do santuário da Srª da Veiga.

Foto: Foz Côa Friends

Pocinho

Um dos muitos pombais existentes na região.

Foto: Foz Côa Friends

Foz do Côa

Onde o Côa e o Douro se abraçam.

Foto: Pedro Pego

Foz do Côa

Onde o Côa e o Douro se abraçam.

Foto: Foz Côa Friends

Foz Côa

Lagoa

Foto: Foto Felizes

Flor de Amendoeira

Foto: Foz Côa Friends

Igreja matriz de Almendra.

Templo do séc. XVI em estilo manuelino e maneirista.

Foto: Fernando Peneiras

Pelourinho de Almendra

De acordo com a sua feição quinhentista, o pelourinho datará dos anos seguintes à atribuição do foral manuelino em 1510.

Foto: Fernando Peneiras

Foz Côa

Câmara Municipal e Pelourinho

Foto: Foz Côa Friends

Pocinho e Cortes da Veiga

Vista geral

Foto: Adriano Ferreira

Quinta da Ervamoira

Foto: Adriano Ferreira

Foz Côa

Amendoeiras floridas

Foto: Adriano Ferreira

Foz Côa

Floração da amendoeira.

Foto: Adriano Ferreira

Túnel das Pariças

Linha do Douro - Castelo Melhor

Foto: Foz Côa Friends

Foz do Côa

Nevoeiro sobre a foz do Côa.

Foto: Foz Côa Friends

Quinta da Granja

Foto: Foz Côa Friends

Douro

Quinta da Granja

Foto: Foz Côa Friends

Douro

Próximo da Quinta das Tulhas

Foto: Foz Côa Friends

Douro

Próximo da Quinta das Tulhas

Foto: Foz Côa Friends

Douro

Próximo da Quinta das Tulhas

Foto: Foz Côa Friends

Douro

Saião (Pocinho)

Foto: Foz Côa Friends

Douro

Próximo da Quinta das Tulhas

Foto: Foz Côa Friends

Linha do Douro - Caseta

Próximo do Côa

Foto: Foz Côa Friends

Foz Ribeira Aguiar

Próximo da estação de Castelo Melhor

Azulejos

Estação de CF do Pocinho

Manifestação pela reabertura da Linha

Porto

Foto: Foz Côa Friends

Castelo de Numão

Foto: Foz Côa Friends

Capela do Anjo S. Gabriel

Castelo Melhor

Foto: Foz Côa Friends

Castelo Melhor

Foto: Foz Côa Friends

Castelo Melhor

Foto: Foz Côa Friends

Quinta da Granja

Foto: Foz Côa Friends

Quinta da Granja

Foto: Foz Côa Friends

Concerto no Museu do Côa

Foto: Foz Côa Friends

Figos e Amêndoas

Foto: Foz Côa Friends

Foz do Côa

Foto: Filipe Inteiro

Orgal

Foto: Foz Côa Friends

31 março 2011

Linha do Sabor - Ponte do Pocinho

A Ponte Rodo-Ferroviária do Pocinho é uma infro-estrutura rodo-ferroviáriada  Linha do Sabor, sobre o Rio Douro, que liga o Pocinho  (concelho de Vila Nova de Foz Côa) ao concelho de Torre de Moncorvo. Aponte do Pocinho encontra-se fora de serviço há 22 anos, tendo comemorado a sua inauguração centenária em 4 de Julho de 2009. Esta ponte conta assim com dois tabuleiros sobrepostos; enquanto um dos tabuleiros servia de  ligação rodoviária para a circulação de automóveis, o outro tabuleiro superior (com aproximadamente 262 m de comprimento e 8 de largura) servia de caminho-de-ferro entre o Pocinho e Duas Igrejas. Está assente sobre quatro pilares de pedra, formando 3 vãos de 54 m no centro e 2 de 45 m na periferia. A Linha do Sabor encerrou em 1 de Agosto de 1988. Em 2009, as autarquias de Torre de Moncorvo e Vila Nova de Foz Côa solicitaram ao Ministério da Cultura que esta ponte fosse classificada como património, devido à sua importância como parte do futuro projecto da Ecopista do Sabor. Parte da Linha do Sabor, no concelho de Torre de Moncorvo, foi aproveitada com a construção de uma ecopista que serve tanto para a marcha a pé como para ciclovia, sendo a primeira a  ser realizada em Trás-os-Montes, podendo vir a  estender-se até ao Pocinho.

Mas porquê ter-se deixado acabar com esta linha?! Por que não se ter mantido a linha, com os comboios a circular do Pocinho até Duas Igrejas?
Pouca-terra, pouca-terra, lá vai o comboio a subir a serra... 


Não posso deixar de agradecer a notável cooperação que tem demonstrado o Autor do Blogue “Farrapos de Memória”. É com este espírito de solidariedade e de participação que todos nos devemos posicionar, só assim, conseguiremos que a nossa região seja valorizada como merece.

29 março 2011

MUSEU DO CÔA – Côa Museum


A História
A intenção de edificar o Museu do Côa remonta a 1996, ano da criação do Parque Arqueológico do Vale do Côa. Em 1998 a UNESCO atribuiu a classificação de Património Cultural da Humanidade à Arte Rupestre do Vale do Côa, referindo-se a esta região do Nordeste de Portugal, caracterizada por centenas de gravuras datadas do Paleolítico, como o maior museu ao ar livre do mundo.

Indissociável de uma descoberta arqueológica que apaixonou a opinião pública internacional, o Museu do Côa desenvolve-se num edifício "escultórico" na interacção forte que estabelece com a paisagem, desenvolvendo-se ao longo de 4 pisos que englobam auditório, serviço educativo, área administrativa, loja e salas expositivas.

O Projecto de Arquitectura
O projecto arquitectónico é da autoria de Pedro Tiago Lacerda Pimentel e Camilo Bastos Rebelo. A obra de construção civil iniciou-se em 2007. Os conteúdos científicos foram desenvolvidos pelo Parque Arqueológico do Vale do Côa e por Universidades portuguesas com as quais o IGESPAR estabeleceu protocolos: Universidades do Minho (Unidade de Arqueologia), de Lisboa (Centro de Estudos Geográficos da Faculdade de Letras) e Universidade Nova de Lisboa (Centro de Estudos Comunicação e Linguagem).

A Inauguração
Foi inaugurado no dia, 30 de Julho de 2010. No mesmo dia assinalou-se a abertura da sua primeira mostra temporária, a exposição "Gesto e Inscrição" – Obras da Colecção da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), que reúne 38 trabalhos de nove artistas portugueses contemporâneos, nomeadamente Pedro Cabrita Reis, Fernando Calhau, José Pedro Croft, Julião Sarmento, Michael Biberstein; Alberto Carneiro, Carlos Figueiredo, Ângelo de Sousa e Francisco Tropa.

A cerimónia contou com as presenças da Ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, do Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa, Gustavo Duarte, da Presidente da FLAD, Maria de Lurdes Rodrigues, e do Director do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR, I.P.), Gonçalo Couceiro.

 O Museu do Côa

A arte rupestre é um desenho, inscrição, escultura ou pintura de interesse artístico feito sobre a pedra, o elemento mais comum na natureza e existe desde os primórdios da humanidade pré-histórica.
A arte rupestre do Vale do Côa existe desde há cerca de 25.000 anos e o seu ciclo paleolítico é tão variado, original e rico em formas artísticas que foi considerado património mundial da humanidade pela UNESCO.
O museu do Côa foi projectado para que os visitantes possam aprender mais sobre a arte rupestre, o vale do Côa, as gravuras e a sua história e até preparar melhor uma visita ao parque do Côa.

SALA A – Do Côa para a Humanidade
Quase sempre nos lembramos das cavernas de Altamira e de Lascaux quando pensamos na arte da Pré-história. Mas, nalguns casos, os grupos humanos destes tempos longínquos deixaram marcas da sua passagem em espaços abertos e, também por isso, o Vale do Côa e um património importante - é o major local de arte paleolítica de ar livre conhecido ate agora no mundo inteiro.
Nesta sala podemos voar sobre os principais sítios da arte do Côa, conhecer os seus diferentes ciclos, da Pré-história aos Tempos Históricos recentes e assistir aos depoimentos de vários especialistas.

SALA B – O Território o Homem e o Tempo
Desde o aparecimento da vida (entre 3,5 e 3 mil milhões de anos) à evolução dos seres humanos durante os últimos milhões de anos, o planeta Terra foi sendo marcado por longos períodos glaciares. Há cerca de 20.000 anos, um pico máximo de frio originou os glaciares nas terras altas de Portugal.
O estudo dos vestígios encontrados no Vale do Côa, sobretudo dos objectos em pedra lascada, provou a presença do Homemsapiens sapiens (igual a nós no aspecto físico) nesta região em vários momentos do Paleolítico superior (entre 31.000 e 10.000 anos antes do presente). Nos vales protegidos do Côa existiam também os cavalos, auroques (grandes bovinos já extintos) e outros animais representados nas gravuras rupestres por estes caçadores do Paleolítico há mais de 10.000 anos.

SALA C – Contextualização Geográfica e Cultural da Arte do Côa
Quando a arte rupestre começou a ser descoberta no século XIX, muitos disseram que não podia ser autentica nem tão antiga porque Ihes parecia muito bem feita.
Mas hoje o que se sabe com certeza é que estes humanos do Paleolítico superior sabiam mesmo desenhar.
Quase todos os sítios de Arte Paleolítica ao ar livre ficam na Península Ibérica e são o seu mais antigo tesouro artístico. A comparação destes vários locais de arte rupestre em grutas e ao ar livre, ajudou a compreender e datar a arte do Vale do Côa.
Mas também foi preciso estudar e registar cada um dos painéis rupestres do Côa através do desenho e da fotografia. A sua datação directa a feita com recurso a técnica AMS (carbono 14) que requer uma quantidade, mesmo que ínfima, de matéria orgânica.

SALA D – Santuário Arcaico
Um Santuário é uma paisagem com o maior e mais impressionante conjunto de arte rupestre. O Santuário Arcaico do Côa é um grande palco natural, atravessado pelo rio, para as gravuras da fase mais antiga do ciclo Paleolítico e tem o nome de Penascosa/Quinta da Barca. As gravuras deste sítio são originais e únicas, face à arte paleolítica na Europa ocidental, como podemos ver em duas grandes projecções interactivas: os desenhos de animais com duas e três cabeças parecem em movimento; a sobreposição, as vezes confusa e emaranhada, das figuras; e o use das partes mais altas das rochas para gravação.
A Rocha 1 da praia do Fariseu seria ricamente decorada com animais de todas as espécies identificadas na Arte do Côa, com excepção do peixe. Numa fase mais recente, as figuras de animais estão gravadas com linhas finas e menos confusas. Na réplica da pequena Rocha 3 da Quinta da Barca está a famosa cabrinha com duas cabeças.

SALA E - O Paleolítico no Quotidiano
Como nos grandes sítios europeus com arte do Paleolítico superior, no Vale do Côa foram encontradas dezenas de pequenas placas de pedra decoradas com gravuras de animais, sinais ou simples linhas. A estas pequenas pedras ou objectos presentes nos locais de habitat chama-se "arte móvel”. Um mapa da Península Ibérica assinala aqui os lugares com achados de arte móvel paleolítica.
Para distinguir todas as figuras sobrepostas na Rocha 1 do Fariseu, gravadas antes de 18.400, foi preciso um trabalho minucioso de separação de cada desenho: os que estão por baixo são mais antigos do que os que estão por cima apesar de serem todos do mesmo período, a Fase Antiga ou Arcaica da Arte do Côa.
A Rocha 1 do Fariseu é muito importante na arte do Côa mas, como está submersa e não pode ser visitada pelo publico, para exposição foi feita uma replica por tecnologia laser.

SALA – F – A História Interminável do Côa
A Canada do Inferno é um sitio fundamental para compreender a evolução da arte rupestre do Vale do Côa. Podemos conhecer também nesta sala o Processo Côa, que teve origem numa grande discussão pública e conduziu ao abandono da construção da barragem do rio Côa em finais de 1995. Daqui ate se adoptou uma música, da qual toda a gente sabia o refrão: as gravuras não, sabem nadar.
Continua neste percurso através do tempo, da arte Magdalenense do fim do Paleolítico Superior a arte pós-paleolítica das comunidades que primeiro se fixaram na zona, como a do homem do Vale de Canivães, e a arte das sociedades guerreiras da idade do Ferro, na foz do rio Côa.

SALA G – O Tempo da Arte
Até hoje não se conseguiu explicar completamente qual foi a origem da Arte, porque nasceu, como aconteceu aqui no vale do Côa e continua a ser feita na época em que vivemos. O que podem ter em comum os artistas contemporâneos com aqueles que gravaram os desenhos nas rochas do Côa? Nesta sala procura-se trazer para os dias de hoje o valor artístico das gravuras rupestres do Paleolítico.
A convite do Museu, o escultor Alberto Carneiro apresenta agora Arvore Mandala para os Gravadores do Côa, uma peça que cresce sobre um castanheiro e que relaciona a Arte com a Vida, a Natureza com Cultura, palavras gravadas em quatro pedras de xisto.
Texto-IGESPAR




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23 março 2011

Os “PANTOMINEIROS” de Foz Côa


"Os Pantomineiros - Mercado de Teatro da AJGF" é o grupo de teatro da Associação Juvenil Gustavo Filipe. Apesar de existir desde a fundação da associação foi apenas baptizado oficialmente com este nome em 2009, homenageando desta forma Armando Neves (um dos maiores pantomineiros da região) e todos os pantomineiros em geral. O Mercado de Teatro da AJGF tem como objectivo principal a troca de experiências e emoções, normalmente através de pequenos sketches de teatro cómico.
Para além dos sketches apresentados regularmente em várias actividades ao longo do ano, Os Pantomineiros desenvolveram no verão de 2010 a sua primeira grande produção:
2010 - Odisseia na Pré História”

Neste mundo de anormalidades, onde se desvaneceu a inteligência, há que registar excepções, o bom gosto, bom senso, muito talento e aplicação destes “PANTOMINEIROS”. Transmitem alegria e esperança, divertem-se e divertem, têm a arte de transmitir valores “a brincar”.

Será esta a «geração dos 500 euros»? Certamente que não, trata-se efectivamente de uma geração encantadora.

Vulgarmente, a palavra “pantomineiro” é aplicada com significado pejorativo, caracteriza a postura, pouco coerente de estar na vida de certas pessoas, enganam com mentiras ou trocam de opinião com muita facilidade (chamada cambalhota), estão na vida subjugados ao poder e limitam-se a abanar a cabeça na direcção que lhes é imposta (sem carácter), etc. Esta, sim é a «geração pantomineira».


Falando de coisas sérias e de bom gosto, “OS PANTOMINEIROS” de Foz Côa estão a fazer um trabalho espectacular, que, naturalmente vai fazer escola e arrastar muitos outros jovens para a prática desta arte tão nobre, que diverte quem a pratica e simultaneamente quem a aprecia.


Aqui ficam alguns vídeos, que testemunham o magnífico trabalho destes jovens, que tanto nos dão e nada pedem. Não teremos nós a obrigação de os apoiar nos seus imperdíveis espectáculos?

Tenho pena, de não poder acompanhar mais de perto as vossas tão divertidas pantominices.

Parabéns e um forte abraço, para todos que colaboram nesta Grande iniciativa de criatividade e de enriquecimento da cultura do nosso Concelho.

Obrigado.









Poderá ver mais vídeos dos “Pantomineiros” (aqui)

21 março 2011

Desfile Etnográfico 2011 – Vila Nova de Foz Côa

O sucesso, deste Desfile Etnográfico deve-se essencialmente a esta “receita”:

“Além da população a nível individual, o cortejo/2011 contou sobretudo com a participação de várias juntas de freguesia, associações culturais, organismos do Estado e de solidariedade, como a Santa Casa de Misericórdia, bandas musicais, grupos folclóricos, todos irmanados no mesmo espírito de cooperação e de participação, factores que tanta falta vão fazendo nos momentos conturbados dos tempos que correm”
Ver: O CORTEJO ALEGÓRICO 2011 de José Ribeiro

O amor à nossa região, também se mede por aquilo que cada um investe em prol das nossas gentes e da nossa terra.

Cada um à sua maneira, importante é que participe e contribua.

Aqui fica, um excelente contributo de uma parceria de dois conterrâneos (Portugal/Suíça), que “irmanados no mesmo espírito de cooperação e de participação”, não se cansam de nos surpreender.

Fotografias: Adriano M. ferreira

Formatação: Jorge Vicente

Bem hajam





18 março 2011

Reabilitação do troço da Linha do Douro entre o Pocinho e Barca D’Alva


A fotografia aqui apresentada regista o momento da assinatura do protocolo de intenções para:
· Reabilitação do troço da Linha do Douro entre o Pocinho e Barca D’Alva
· Exploração Turística da Linha do Douro entre a Régua e Barca D’Alva
O protocolo foi assinado na Estação de Caminhos de Ferro do Pocinho a 10 de Setembro de 2009 e nele lavraram assinaturas os responsáveis da Rede Ferroviária Nacional, Comboios de Portugal, Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte e Estrutura de Missão do Douro (in Jornal de Notícias). O governo fez-se representar pela Engª Ana Paula Vitorino, à data Secretária de Estado dos Transportes, a qual homologou o protocolo.
Abro aqui um parêntesis para relembrar que o encerramento do troço Pocinho - Barca D’Alva (18 de Outubro de 1988) foi um triste capítulo da desastrosa política de desinvestimento no transporte ferroviário em Portugal. Alguns dos protagonistas dessa política ainda hoje se mantêm em cena. Outros capítulos negros dessa política foram os encerramentos das linhas do Corgo, Tua e Sabor (esta a 1 de Agosto de 1988) com consequências gravíssimas para todo o Nordeste Transmontano.
Surge-me aqui oportuno referir o site do Projecto CT (Comboios Transmontanos) onde poderá ser encontrada informação sobre um interessante projecto de reactivação integrada das linhas do Corgo, Tua e Sabor.
De volta ao tema da foto, além das assinaturas, ficaram para a posteridade as seguintes frases de alguns dos intervenientes:
"Neste momento, passou a ser incontornável, as instituições assumiram responsabilidades que não podem ser paradas por qualquer Governo".
(Engª Ana Paula Vitorino, Secretária de Estado dos Transportes)
..........
"Já era tempo de os deuses perceberem que nos tínhamos de juntar todos, um dia"
"é um gesto efectivo, não é simulado".
(Engº Ricardo Magalhães, chefe da estrutura de Missão do Douro)
.......
"Eu já nem estou nessa, neste momento, já estou em Espanha"
(Dr. Emílio Mesquita, Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa)
.......
Embora não conheça na íntegra o texto do protocolo, foi-me possível recolher alguma informação sobre o mesmo.
Assim, no site da CCDR-N pode ler-se:

...
Volvido ano e meio não se vislumbram no horizonte próximo acções efectivas que nos tranquilizem quanto à concretização do “sonho” de reabertura da linha.
A julgar por uma notícia publicada a 4 de Setembro de 2009 no site do JN (6 dias antes da assinatura do protocolo) sobre o Plano Regional de Ordenamento do Território do Norte, a reabertura da linha só ocorrerá após 2015. (“…e a expansão da Linha do Douro até Pocinho e Barca D'Alva para explorar o potencial turístico. Seria investimentos a concretizar pela Refer depois de 2015.).
Bem sei que é necessário elaborar planos e projectos mas também convém que o tema não arrefeça e seja mantido na ordem do dia.
A propósito de planos e projectos, talvez não fosse má ideia dar ouvidos aos entendidos na matéria que até já se deram ao trabalho de elaborar estudos sobre o tema.
Um desses casos é Manuel Tão que diz:
Fica aqui o link para a apresentação elaborada por este perito em 2007 onde são abordados vários cenários de reabertura da linha e as respectivas estimativas de custos.
Por tudo isto (e não só), o “Passeio pedonal Pocinho – Estação do Côa” (a realizar no dia 23 de Abril de 2011) constitui-se como uma excelente oportunidade para exercer a “vigilância democrática” que se impõe para que o protocolo não se torne “letra morta”.
por Luís Manuel Branquinho Pinto

Convite

A COMISSÃO ORGANIZADORA DAS CELEBRAÇÕES DO EQUINÓCIO, E DO SOLSTÍCIO, NOS TAMBORES EM CHÃS

Tem  a honra de convidar V.Exa, sua família e  outras pessoas de que se queira acompanhar, a dar-nos o prazer de participar na celebração do Equinócio da Primavera, dia 20, domingo, ao nascer do sol, com início às 07.00, no recinto do altar sacrificial do Santuário Rupestre da Cabeleira de Nossa Senhora, lugar dos Tambores, aldeia de Chãs, de V. Nova de Foz Côa.

Há fenómenos naturais que ultrapassam a vontade humana e que são absolutamente imprevisíveis, mas há outros que são o reflexo das agressões ao meio-ambiente. O terramoto e o tsunami que devastou grandes áreas da costa japonesa, ocorrem porque é o sinal de que o planeta está vivo e que ainda não se transformou numa massa inerte, como a Lua. Porém, a explosão de várias centrais nucleares, construídas em sítios altamente sísmicos, é algo que importa reflectir.

Se, por um lado, produzem a energia limpa, por outro, também poderão trazer o pavor e a morte. Quais as consequências e que alternativas, para que não aconteçam as tragédias que estão a contaminar grandes áreas, além do próprio Japão e a colocar em risco de vida as suas populações?

Essa é uma questão que, a Comissão da Celebração do Equinócio, nos Templos do Sol, propõe a todos quantos queiram participar no referido evento. Ao mesmo tempo que serão lidos poemas japoneses , alusivos à Primavera, que tão manchada parece estar naquela área do globo



CELEBRAÇÃO DA PRIMAVERA, ASSINALADA POR MOMENTOS DE POESIA E DE REFLEXÃO SOBRE A AMEAÇA NUCLEAR QUE PAIRA SOBRE O JAPÃO E QUE SE ESTENDE JÁ A OUTROS PAÍSES.


A Primavera é recebida, domingo, dia 20, ao nascer do sol, no recinto amuralhado do Santuário Rupestre da Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora, em Vila Nova de Foz Côa.

A cerimónia tem início às 07.00 horas da manhã, momento em que o sol atravessa a gruta do enorme penedo .

Durante o acto evocativo serão lidos poemas de autores japoneses e do português Casimiro de Brito, o poeta luso que mais se debruçou e inspirou sobre os clássicos da poesia japonesa. 

Pretende-se com esta acção, reflectir sobre a ameaça nuclear que paira sobre o Japão e se estende já a outras regiões do globo.

A catástrofe surgiu na sequência do violento sismo, que ocorreu no Japão, no passado dia 11 de Março e que originaria um devastador tsnunami.


A catástrofe surgiu na sequência do violento sismo, que ocorreu no Japão, no passado dia 11 de Março e que originaria um devastador tsnunami..


O templo sacrificial, orientado no sentido nascente-poente, ergue-se no alto de um maciço rochoso, próximo de um antigo castro, no perímetro do Parque Arqueológico e a curta distância da Pedra do Solstício.
.Tem a forma de um gigântico crânio, atravessado, na sua base, por uma gruta em forma de semi-arco, com cerca da 4,5 metros de comprimento, que é iluminada pelo seu eixo no momento em que o Sol nasce.

Situa-se nos arredores da aldeia de Chãs, no monte dos Tambores, cenário mítico, e já habitual, para assinalar a entrada da estação mais florida do ano


A iniciativa é da Comissão Organizadora da Celebração dos Equinócios e do Solstício do Verão. À semelhança das anteriores festividades, pretende celebrar os ciclos da Natureza, evocando antigas tradições desapreciadas dos povos que ali viveram. E ao mesmo tempo recolher contributos científicos, multidisciplinares, para um melhor aprofundamento do passado histórico e místico daquela área.

O referido evento conta com o apoio especial da Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa, a colaboração dos proprietários dos sítios onde se localizam os monumentos, Junta de Freguesia de Chãs, Associação Cultural, Desportiva e Recreativa de Chãs e da Quinta CALCATERRA - Agroturismo em Mêda, bem como os Amigos do Concelho de Foz Côa (BLOGUE Foz-Côa Friends).

Vários investigadores têm-se debruçado sobre o estudo dos dois monumentos megalíticos: um apontado aos Equinócios e outro ao Solstício do Verão. Desde o historiador Prof. Adriano Vasco Rodrigues, que foi quem primeiro classificou a Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora, como local de culto ou de sacrifícios, remontando ao período "da transição do paleolítico para o neolítico". Por sua vez, Prof. Moisés Espírito santos, autor da Sociologia das Religiões, deslocou-se, por duas vezes, ao local, tendo oferecido à Comissão Organizadora, um importante estudo da toponímia da área envolvente, concluindo que alguns dos nomes se relacionam com o culto do sol. Outro dos entusiastas pelos dois calendários pré-históricos, tem sido o astrónomo Máximo Ferreira, que também já ali dirigiu em visita de estudo. Quem veio propositadamente da Austrália, com o objectivo de fazer um levantamento sobre a Radiestesia dos sítios, foi o inglês Tom Graves, Agulhas de Pedra - A Acupunctura da Terra





Por: Jorge Trabulo Marques

17 março 2011

Câmara investe 4 milhões de euros em obras de requalificação urbana

“A Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa vai investir 4 milhões de euros na regeneração da cidade, de forma a dotá-la de equipamentos urbanos que vão permitir “mudar” a face da localidade.
O projecto de regeneração urbana será financiado em cerca de 85% pelo Programa Operacional do Norte (ON-2- O Novo Norte), anunciou o presidente da Câmara, Gustavo Duarte, explicando que a intervenção vai abranger 3 projectos de regeneração, que se centram na remodelação da Zona Histórica, Parque Urbano e Avenida Gago Coutinho."
Fonte: A GUARDA

Os fozcoenses exigem, que estes 4 milhões sejam aplicados de forma muito sábia, sem desperdícios, apenas e só, em prol do desenvolvimento colectivo do nosso Concelho.

Aproveito para solicitar, que desse bolo sejam retiradas umas pequenas migalhas, para mandar limpar o miradouro da ponte sobre o côa, que está nas condições que as imagens testemunham.





16 março 2011

Reabertura da Linha Pocinho - Barca d'Alva


No dia 9 de Dezembro de 2007, já lá vão mais de três anos, teve lugar no Cais Turístico de Barca d'Alva uma Convenção que reuniu dezenas de personalidades, como o engenheiro Braga da Cruz, o professor Augusto Mateus, o professor Manuel Tão, o engenheiro Ricardo de Magalhães, o doutor Carlos Lages e ainda personalidades espanholas, como a doutora Isabel Jiménez Garcia, presidente da Diputación de Salamanca, entre outras personalidades.
Estavam ainda presentes diversos presidentes das câmaras municipais, representando as vinte e oito autarquias dos seis distritos do Douro.

O grande objectivo que os unia era a reactivação da linha de caminho-de-ferro entre Pocinho e Barca d'Alva, permitindo assim reestabelecer as ligações ferroviárias até Salamanca, Valladolid e daqui até ao resto da Europa.

Desta Convenção nascia a estratégia comum de candidatar a reactivação da linha ao então futuro Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN-2008) e de promover parcerias público-privadas para a viabilidade económica da linha.
A este respeito, o então Ministro das Obras Públicas, Mário Lino, reafirmava a sua concordância com a reabertura da linha, salientando contudo que a mesma fosse explorada pelas autarquias.
Da linha do Douro, o troço entre Pocinho e Barca d'Alva foi o último a ser construído, tendo sido inaugurado em 1887 e, por fatalidade dos homens, viria a ser encerrado cem anos depois, tendo sido uma das vias de penetração para a Europa, designadamente no transporte de mercadorias.

A este propósito, Miguel Cadilhe, economista e ex-ministro da Economia, puxando da sua veia poética, afirmava: «Sempre na linha d'água, fantástico, o comboio rasgava margens, enfiava-se na escarpa, atravessava o rio, dele se despedia em Barca d'Alva, entrava em terras de Espanha, chegava a Salamanca. Pouco mais a norte, a História agarrava-se ao Douro castelhano, Zamora lembrava-nos Viriato e Afonso Henriques, Alcanizes, D. Dinis, Tordesilhas, D. João II, Toro, D. Afonso V. (...) Quem vê agora aquele caminho-de-ferro deslumbra-se de raiva. Ele próprio bem podia ser o Quinto património mundial! (...) Como foi possível construí-lo em 1880? Como foi possível destruí-lo cem anos depois? (...) Como foi possível o municipalismo sucumbir ao centralismo?»

Carlos Lages, à época, presidente da Comissão de Coordenação da Região Norte afirmava que não havia problemas de financiamento, uma vez que a União Europeia favorecia a revolução ferroviária da Europa, a preservação das linhas ferroviárias em detrimento da obsessão pela via rodoviária que caracterizara a Europa durante muito tempo.

Finalmente, entre muitas boas vontades e outras tantas citações, Arlindo Cunha, ex-ministro da Agricultura e do Ambiente salientava que «um dos mais importantes recursos do vale do Douro são as suas singulares e impressionantes paisagens. A reactivação da linha férrea, mesmo que só para fins turísticos, constitui uma forma de explorar tais recursos de forma sustentável...»
................
Mais de três anos passados sobre a Convenção de Barca d'Alva, nada de nada foi feito! A linha Pocinho-Barca d'Alva continua ao abandono completo, sujeita ao vandalismo cruel e ao desinteresse dos responsáveis que continuam a apostar no litoral e nos centros urbanos como única estratégia de desenvolvimento.
Mas a História e os coeficientes de desenvolvimento têm demosntrado, sem a mínima dúvida, que um país não evolui, se o seu Interior se despovoa e abandona. A teimosia no investimento rodoviário apenas tem potenciado gastos insuportáveis de energia importada, contrariando, pelo menos em princípio, as orientações da União Europeia.
Um país e uma nação desenvolvem-se num território que deve ser ocupado e povoado de forma equilibrada e o investimento no Interior não pode ser apenas uma mais-valia para a riqueza nacional, esquecendo os cidadãos e as regiões onde as infra-estruturas se constroem.
Hoje o mundo rural não-agrícola oferece enormes capacidades de riqueza, através do seu património natural e do seu património construído ao longo da sua História, até porque, a partir dos anos oitenta do século passado, é para esta riqueza, que a tendência do turismo mundial se tem orientado.
A linha férrea Pocinho-Barca d'Alva e a sua continuação até Frageneda é um património construído de valor incalculável, não só pela paisagem única no mundo, mas também pela capacidade arquitectónica, demonstrada na construção de mais de 30 pontes e túneis no percurso de apenas 30 quilómetros; por si só é razão suficiente para ser considerada como património de interesse ibérico e até europeu e porque não património mundial, marco indelével da capacidade da engenharia portuguesa do século XIX!
Não bastasse este argumento, o Douro Vinhateiro, as Gravuras Rupestres do Vale do Côa e o seu Museu Arqueológico, bem como a arte Rupestre de Siega Verde, como extensão do Património Mundial do Côa, são motivos mais do que suficientes para que os responsáveis políticos ponham agora em prática toda a boa vontade que expressaram cerimoniosamente na Convenção de Barca d'Alva em 9 de Dezembro de 2007!
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José Ribeiro

Linha de caminho de ferro de Barca D'Alva a La Frageneda


A construção da linha

Esta linha internacional de caminho de ferro de Barca D'Alva a La Frageneda e a Salamanca era de via larga e ligava a linha do Douro à rede ferroviária espanhola.


Com o terreno mais plano em território de Espanha, depois de La Frageneda, o traçado já era mais tranquilo e a circulação era mais rápida, mas já sem as "aventuras" passadas na acidentada margem direita do rio Águeda. Los Lumbrales era a paragem seguinte e que antecedia Fuentes de San Estevan/Boadilla.

Foi seu construtor, um sindicato constituído por um conjunto de bancos do Porto que se transformou na Companhia das Docas do Porto e Caminhos de Ferro de Salamanca à Fronteira portuguesa e foi, posteriormente, transferida para a Companhia de Caminhos de Ferro do Oeste de Espanha.


Depois de muitos avanços e recuos, nomeadamente em relação à localização da ponte internacional sobre o rio Águeda, os trabalhos foram iniciados no ano de 1882, tendo demorado cerca de 6 anos a finalizar. Foi inaugurada a 9 de Dezembro de 1887 com a abertura à exploração pública do serviço directo Porto-Salamanca, tornando-se a unica via férrea construída em território estrangeiro por conta de portugueses e do Governo português.

Devido às difíceis características do terreno próximo da fronteira, na margem direita do Rio Águeda (o desnível entre uma cota próxima de La Frageneda e a cota de Barca D'Alva é de 300 metros), foi necessário executar inúmeras obras de arte das quais se destacam: 20 pontes (13 das quais nos 17 km de linha mais próximos da fronteira) e 19 túneis entre Barca D'Alva e La Frageneda.

A partir desta gare, o traçado era plano até à estação seguinte Los Lumbrales e Fuentes de San Estevan/Boadilla, onde se fazia a ligação de Vilar Formoso e Fuentes di Oñoro, com seguimento até Salamanca.

A linha que serviu muitos portugueses e emigrantes nos países europeus, especialmente em França, e utilizada por Jacinto, o personagem central do romance de Eça de Queirós. "A Cidade e as Serras", no seu regresso a Tormes, em Trás-os-Montes, foi encerrada ao tráfego em 1 de Janeiro de 1985, quando já fazia parte da actual empresa de caminho de ferro de Espanha, RENFE.

A paisagem

Até 1 de Janeiro de 1985 o comboio saía da estação de Barca D'Alva e após uns quinhentos metros atravessava o rio Águeda, afluente do rio Douro, por uma ponte metálica.


Ao vencer esta travessia, o comboio, assim que entrava em território espanhol, tinha o "prazer" de se esconder da natureza ao passar pelos túneis que se seguiam com muita frequência, num cenário de inolvidável beleza. O comboio entrava num túnel, saía para entrar numa ponte, voltava a entrar noutro túnel, depois mais uma ponte e outro túnel e assim sucessivamente até La Frageneda. Tudo isto se passava na margem direita do rio Águeda que serve de fronteira por alguns quilómetros aos dois países.

De notar que nos diversos túneis deste sinuoso traçado ferroviário, havia alguns em que a dificuldade de circulação era maior, motivada quer pela grande inclinação geográfica quer pela existência de um enorme habitat de numerosas colónias de morcegos. Na escuridão, o comboio que passava colhia-os às dezenas, tornando os carris gordurosos. Com alguma negligência e falta de experiência, o comboio patinava, sendo então necessário o seu recuo para fora do túnel e retomar um andamento algo mais veloz para ultrapassar esta dificuldade inesperada da natureza.

Esta estação era o entroncamento com a linha proveniente de Vilar Formoso e Fuentes d'Oñoro, com seguimento até Salamanca, estação terminal desta via férrea proveniente de Barca D'Alva e que assegurava a ligação Porto/Salamanca.


José Ribeiro da Silva

Texto recebido de Tony Maximino (Max), actualmente a viver no Canadá.