PISCAR OS PISCOS
Há tempos, em conversa de Amigos, surgiu a ideia de uma
caminhada cultural de Muxagata aos Piscos. Unindo vontades e Instituições,
Fundação Côa Parque, Junta de Freguesia de Muxagata e Amigos do Concelho ‘ FozCôa Friends, Associação ‘, aprazou-se o dia 9, Sábado mais próximo de S.
Martinho para recolhermos a protecção do dito verão, que fez jus à crença e nos
brindou com resplandecente sol e calor.
Recebidos pela Senhora Presidente, D. Adelaide, à hora
aprazada, demandámos a frontaria da porta onde estão gravados o Mocho e as
Gatas, que dão corpo a uma das origens do nome da Localidade. A Gorete
facultou-nos a chave da Igreja Matriz, belíssima e rica, condizente com o
Concelho que foi; no Cruzeiro fomos recebidos pela zeladora, encantadora
Senhora, que nos chamou a atenção para o facto do Senhor na Cruz ter no reverso
a Senhora da Piedade. Apreciado o Solar dos Donas-Botto, passámos à pedra
d’agua do lagar e à fonte concelhia que atestam as suas importâncias.
O Mocho e as gatas |
Solar dos Donas-Boto |
Fonte da Concelha - Muxagata |
Seguimos, a pé, até aos Piscos, em amena e diversificada
cavaqueira; a beleza da paisagem forçava interrupções que as máquinas
fotográficas registavam. Chegados ao destino, os ‘ cavalinhos ‘ , provavelmente
amorosos, deram-nos as boas vindas; seguiu-se alguns auroques e cervídeos e o
celebérrimo ‘ Homem dos Piscos ‘.
A Dina, pacientemente e conhecedora ia-nos
elucidando, com pequeno ponteiro, de longe, seguindo as linhas que de outra
forma, para nós, seriam invisíveis. Os ’ Grandes Auroques ´, como em epílogo,
tomaram o seu lugar. Para realçar o bucolismo da paisagem, o rebanho, do Sr.
João Caçote, juntou-se ao Grupo; depressa garbosas cabras apreciaram as nossas
carícias, retribuindo, às vezes, em maior grau do que recebiam.
No retorno, abertos os taipais da camioneta do amigo José
Manuel Piloto, juntámos as merendas e partilhámos lauto repasto. O convívio, os
ditos e situações reforçaram o nosso conhecimento e amizade. Prestámos
homenagem a três intrépidos pesquisadores que muito contribuíram para a
descoberta das gravuras: a montante das
obras da barragem, Adriano Ferreira; a jusante, José Constanço; em todo o
terreno, Jorge Bregas. Todos nós lhes devemos muito.
Quinta da Ervamoira |
Regressámos, motorizados, pela Quinta de Santa Maria, agora
Erva Moira, Chãs e Muxagata. Os sorrisos e abraços da despedida, realçados com a troca de e-mails, eram a maior prova do
nosso agrado. Todos perguntávamos ‘ quando é o próximo? ‘. Até lá.
Mais fotografias da caminhada em: Foz Côa Friends, Associação (Facebook)
Mais fotografias da caminhada em: Foz Côa Friends, Associação (Facebook)
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