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21 setembro 2012

Direcção de Cultura recupera vila amuralhada de Numão


A Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) iniciou uma intervenção de valorização e recuperação da vila amuralhada de Numão, no concelho de Vila Nova de Foz Côa, um investimento de 106 mil euros, foi hoje anunciado.



"São obras essenciais, que têm de ser executadas para a preservação do património histórico. Pretende-se que a intervenção seja um chamariz para o chamado turismo cultural que se pretende implementar na região do Douro", disse hoje à Lusa a diretora regional de Cultura do Norte, Paula Silva.

Esta obra, inserida num conjunto de intervenções na região do Douro Superior, cujo montante global de investimento ascende aos 250 mil euros, insere-se no projeto "Rede de Monumentos do Vale do Douro", apoiado pelo Programa Operacional Regional do Norte (ON2).

No decorrer deste projeto serão realizadas obras de conservação, restauro e valorização de diversos monumentos situados no Vale do Douro, com o objetivo de qualificar a visita pública àqueles espaços.

"Trata-se de um esforço financeiro acrescido e como as obras estão inseridas em candidaturas têm de ser concluídas, se bem que com algum atraso, fruto das dificuldades que o país atravessa”, acrescentou a responsável.

A intervenção na vila amuralhada de Numão tem como objetivos a consolidação estrutural das duas principais torres das muralhas, a conservação e restauro da Igreja de Santa Maria, a conservação das ruínas da Capela de S. Pedro e a limpeza, consolidação e valorização da cisterna.

A empreitada inclui também a realização de escavações arqueológicas, a limpeza e controlo de vegetação em todo o perímetro do monumento, a definição e melhoramento dos percursos de visita e acesso e a instalação de um centro de apoio ao visitante localizado na povoação de Numão.

A vila amuralhada de Numão está classificada como monumento nacional desde 1910 e a primeira referência a este castelo de montanha data de 960 d.C..

A muralha oval e ondulante adaptada às escarpas foi em tempos rasgada por quatro portas protegidas por 15 torres, das quais restam seis (incluindo a de Menagem e algumas incompletas).

No interior das muralhas e dispersas por uma área de 336 hectares subsistem as ruínas de Numão, a igreja românica de Santa Maria do Castelo e a cisterna de sete metros de diâmetro no centro da povoação.

No exterior encontra-se a capela pré-românica de S. Pedro e uma necrópole com 10 sepulturas rupestres antropomórficas.

Fonte: Agência Lusa, em 18 Set 2012

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