«Fogueiras de Natal», «Fogueiras do Menino», «Fogueiras da Consoada» ou «Fogueiras do Galo», são os nomes dados a uma mesma tradição portuguesa. O lume gigante será acesso na noite de 24 de Dezembro «para iluminar o Nascimento de Cristo».
De acordo com Soledade Martinho Costa, «na Antiguidade, o ritual sagrado do fogo, ou lume novo, acontecia por ocasião do solstício do Inverno, com as fogueiras acesas tendo por intenção que o Sol voltasse a brilhar com maior intensidade, temendo-se, particularmente nas comunidades rurais, que as trevas afastassem definitivamente a luz e o calor, situação que correspondia a um acentuado declínio da luz solar e respectiva diminuição gradual do sistema diurno, até ao culminar no dia menor do ano – o Dia de Natal».
«Sob a influência da Igreja, a fogueira profana de adoração solar dos Romanos passou a ser cristianizada e a servir de ritual cristão ao culto divino testemunhado na quadra natalícia a Jesus Cristo - considerado o verdadeiro símbolo do Sol que vai nascer, para iluminar todo o homem que vem ao Mundo», explica Soledade Martinho Costa no livro «Festas e Tradições Portuguesas: Novembro/Dezembro».
A 24 de Dezembro, com o entardecer, acende-se o lume. Fica a ganhar força, enquanto dentro de portas se convive em torno da mesa. A Sul come-se peru e bacalhau, este mantém-se nas tradições nortenhas ao qual se junta, o polvo.
De Norte a Sul do país, o povo ficará com a missão de manter as fogueiras acesas até ao dia 6 de Janeiro, Dia de Reis. Manda a tradição que se deve manter quente o Menino.
Uma tradição que apela ao convívio e união característicos da quadra e que se repete um pouco por todo o país.
Uma tradição que apela ao convívio e união característicos da quadra e que se repete um pouco por todo o país.
0 comentários:
Enviar um comentário