"O turismo que se vê mas não se sente."
Como facilmente se depreenderá, pessoalmente nada me move contra as empresas que actuam como operadores turísticos, com os seus bonitos e faustosos barcos, no rio Douro. O que realmente me irrita é a incompreensão e insensibilidade dos seus proprietários quanto à partilha dos proveitos mas também de responsabilidades.
É um facto, que o Douro e toda a sua envolvência são a única razão da existência (o seu sustento) destas empresas, logo, manda uma boa gestão e ainda o bom senso promover uma harmoniosa cooperação com toda a região duriense e suas gentes, mas não, estas empresas operam de costas voltadas a quem lhes “dá o pão” (quem tudo quer, tudo perde). Naturalmente, que esta situação desajustada e de certa forma egoísta não se poderá eternizar, tanto que, já gerou manifestações de desagrado e obviamente que a tendência é aumentarem.
"A Régua recebe todos os anos milhares de turistas, mas que usam a cidade apenas como lugar de passagem. As operadoras usam o cais e a estação de comboios e os turistas entre as ligações não têm tempo para pararem um pouco pela cidade. Os comerciantes estão indignados com a situação, apontam o dedo às operadoras e dizem que o simples facto de os turistas permanecerem algum tempo na cidade seria o suficiente para melhorar esta situação. Aguardam que as entidades responsáveis façam algo para resolver esta situação"
É do interesse de todos, nomeadamente da região duriense e dos operadores turísticos que se encontre uma solução, pelo crescimento do turismo, onde haja cooperação e envolvimento de todos, esta é a única receita que poderá garantir o desenvolvimento da região duriense e a sustentabilidade económica dos operadores turísticos.
Um negócio sério só é negócio se todas as partes envolvidas ganharem alguma coisa.
É urgente que os autarcas, operadores turísticos e a CP dialoguem no sentido de encontrar a melhor solução para o Douro e para quem o ama.
Anualmente sobem o rio Douro, em embarcações turísticas, cerca de 200 mil visitantes.
"O Alto Douro Vinhateiro, classificado património mundial pela Unesco, é um local paradisíaco com paisagens deslumbrantes, principalmente no limite de Vila Nova de Foz Côa, onde o rio serpenteia por entre montes vestidos de vinhedos, oliveiras e amendoeiras. Local de eleição para os amantes da natureza, nalguns locais, ainda selvagem."
Adriano Ferreira
Noticias relacionadas:
1 comentários:
Lindas imagens que nos alegram os olhos e nos entram pela alma - Os que passam Rio Douro acima ou Rio Douro abaixo,também deliciam o seu olhar, mas não sabem o que perdem!... - A culpa também não é deles, coitados, mas de quem os transporta - pois o Douro é mais belo visto das margens
Enviar um comentário