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30 janeiro 2011

O MUSEU DO CÔA À ESPERA…


A ACÔA (Associação dos amigos do Museu e do Parque) emitiu recentemente um comunicado referente à cessação de funções da ex-directora do Parque/Museu, dra. Alexandra Cerveira Lima. Nele a ACÔA reafirma a importância, a determinação e a criatividade que a dra. Alexandra sempre colocou na gestão e na resolução dos problemas do Côa, em condições de trabalho e em circunstâncias que nada dignificam o IGESPAR e o Ministério da Cultura.

A saída da dra. Alexandra Lima é uma perda significativa para o Côa e “não se entendem” as razões que estiveram na base do seu “afastamento”, porque, de facto, é disto que se trata.

Este comunicado da ACÔA exemplifica “ad litteram” a falta de responsabilidade e de descontrolo que propala pelo Ministério da Cultura. Não é admissível que o Museu do Côa seja inaugurado em finais de Julho do ano passado e, nesta data, ainda não exista uma gestão definitiva e racional para o seu pleno funcionamento! Ou seja, o Museu vem sendo gerido ao sabor da corrente, praticamente sem verbas para tomar qualquer iniciativa cultural e, muito menos, para definir o seu plano de actividades. E, se até à data presente, o Museu tem funcionado no limite, deve-se exclusivamente às qualidades de trabalho e empenhamento da agora ex-directora e do pessoal afectado ao Parque Arqueológico.

Passados que estão seis meses desde a sua inauguração, o Museu do Côa, considerado por especialistas como um dos melhores da Europa, continua à espera que o poder político resolva dignar-se criar as condições indispensáveis para a prossecução dos grandes objectivos estratégicos: - defesa e investigação do património e desenvolvimento regional!

Os excelentes serviços de restauração (de que dispõe) não funcionam, as actividades culturais resumem-se às exposições com que abriu em Julho passado, as visitas ao Parque estão confinadas quase a zero por falta de pessoal, as investigações encontram-se paradas, exceptuando as que vão sendo executadas por iniciativa própria, designadamente pelo dr. António Martinho Batista! Tal como acontece ao país, gere-se a crise, à moda lusitana, acreditando que o milagre do desenvolvimento surja por milagre celestial!

O Conselho de Ministros decidiu unilateralmente a criação da Fundação Côa/Parque (mais uma) e aprovou os seus estatutos no passado dia 23 de Dezembro; trata-se de um documento confidencial (não se sabe porquê?) que espera ainda a promulgação do Presidente da República. Fazendo fé na prática governativa, teremos de esperar mais alguns meses para vermos nomeados os seus órgãos sociais, provavelmente estranhos à comunidade fozcoense, e um início de actividade ainda mais longínquo no tempo e na coesão regional e local!

Até lá, “as coisas vão correndo” como no resto do país, por isso não deixaremos de ficar extremamente preocupados: - é que o povo português sabe muito bem que o “que nasce torto dificilmente se endireita!”

Por José Ribeiro

(membro da direcção da ACÔA)

3 comentários:

A Associação de Amigos do Parque e Museu do Côa quer colaborar com o Governo na definição de “soluções de gestão” do parque arqueológico, as quais devem incluir, no seu entender, a constituição de parcerias locais e regionais.
A associação pede que se garanta a sustentabilidade e viabilidade económica do museu .

Num comunicado divulgado hoje, a associação (ACŒA) refere que, depois de o Governo ter anunciado em Julho a criação de uma fundação, a medida não avançou até ao momento e continua a haver “indefinição” sobre o modelo de gestão.

“A ACŒA entende que um modelo consensualizado permitirá definir uma solução eficientemente descentralizada, austera, eficaz e profissional, quer do ponto de vista da gestão, quer do ponto de vista científico”, defende o grupo, que inclui municípios e associações culturais e ambientais.

Neste contexto, a associação diz estar “totalmente disponível” para dialogar com a tutela e lamenta que as duas reuniões que teve este ano com a direcção do Igespar - Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico não tenham tido “quaisquer consequências”.

“Há modelos conhecidos na União Europeia, de concessão de componentes de uma entidade cultural a associações ou empresas, em ciclos anuais e plurianuais, por concurso ou protocolo, mantendo-se todavia o controlo público que nos parece a solução recomendada”, aponta a ACŒA.

Lembrando que o Estado “tem obrigação de cuidar do património mundial” que tem a seu cargo, a associação pede que a administração central proteja o parque e garanta a sustentabilidade e viabilidade económica do museu, aberto em Julho.

O grupo alerta ainda para a necessidade de não afectar a situação laboral dos colaboradores do parque e lembra que o parque “não existe ainda como área protegida” com direito a um plano especial de ordenamento do território.
( publicado no Jornal "O Publico " em Nov 2010)

Quero ainda salientar q ha uns meses atraz veio a publico uma noticia em q haveria uma proposta do Governo para a nomeação de "7 Gestores"..!!!
Na altura foi questionada, salvo erro pelo BE,a necessidade do grande numero de gestores apresentados..!!! hoje ainda nao sei qual foi a resposta da Ministra da Cultura a essa questão? Sera q alguem me pode elucidar?

Pela “Grandeza” dos objectivos da ACÔA - ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS DO PARQUE E MUSEU DO CÔA

Contém com mais um associado.
Apenas necessito saber quanto e como pagar a jóia de inscrição e a quota anual, fixadas em Assembleia-geral.
Um abraço

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