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31 março 2012

“Douro é a melhor ligação ferroviária de Leixões à Europa.”

Manifestação na praça Humberto Delgado (Porto) 
pela reabertura da linha Pocinho-Barca d'Alva em 2 de julho de 2011 


Pires da Fonseca, ex-administrador da CP 

“A minha primeira missão na CP foi fechar linhas” 
30.03.2012 - 20:15 Por Carlos Cipriano


Antigo administrador da CP diz que foi um erro ter-se encerrado a linha do Pocinho a Barca de Alva porque 25 anos depois redescobre-se que o vale do Douro é a melhor ligação ferroviária de Leixões à Europa. No congresso dos transportes, que hoje se encerrou em Lisboa, carpiram-se as indecisões e os investimentos mal feitos nos últimos anos e deram-se sugestões para a sustentabilidade de um sector endividado. 

José Pires da Fonseca, ex-administrador da CP, contou que a primeira coisa que fez quando entrou na empresa como jovem quadro foi ajudar a fechar a linha do Douro, do Pocinho até à fronteira de Barca de Alva. Mas reconhece que, à luz do debate actual das ligações a Espanha e à Europa, isso foi um erro. 

“Abandonar infra-estruturas de ligação ao país vizinho é o pior que se pode fazer”, disse, estimando que se aquele troço custasse 1 milhão de euros por ano, 25 anos depois, os 25 milhões de euros gastos teriam valido a pena porque Portugal manteria aberta uma ligação ferroviária de Leixões à Europa pelo caminho mais curto. 

O agora administrador da Transdev diz que a linha do Douro é decisiva para a exploração do minério de Moncorvo porque, para as empresas mineiras, a logística do escoamento do minério é mais importante do que as minas propriamente ditas. Daí a sugestão para que se estudasse a reabertura daquela linha. 

Houve mais sugestões. Numa mesa redonda que procurou responder à pergunta “É possível uma ferrovia sustentável?”, os especialistas referiram que há investimentos relativamente baratos que podem ter grande impacto na rede ferroviária nacional. É o caso da modernização dos troços Nine – Viana do Castelo e Caíde – Marco de Canavezes, bem como, na perspectiva das mercadorias, a eliminação de rampas que limitam a capacidade de carga dos comboios.

(…) 

Noticia completa em: Jornal Público

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