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31 agosto 2011

Quinta de Ervamoira: O Paraíso numa paisagem de pedras

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Não tem um caminho fácil para lá chegar, mas vale a pena o incómodo de alguns solavancos. Saindo de Muxagata, um dos pontos de partida para a visita às gravuras do Vale do Côa, sobem-se e descem-se montes e valados de uma paisagem estéril e pedregosa. De repente, num topo, tem-se a visão paradisíaca de um vale fértil e verde. É a Quinta da Ervamoira, pertença da empresa Ramos Pinto. A história começou em 1974, quando António Ramos Pinto Rosas decidiu procurar uma quinta em terreno pouco acidentado que permitisse a mecanização. Encontrou e adquiriu a Quinta de Santa Maria, que rebaptizou de Ervamoira, nome de uma erva bravia que cresce naqueles montes.
Dois anos depois deu início ao projecto de plantação com o auxílio do sobrinho João Nicolau de Almeida, dividindo a quinta em talhões e colocando em cada um uma casta diferente.

 Foi o primeiro projecto do Douro a ser plantado ao alto e por talhões, sem as castas misturadas.



A Quinta de Ervamoira localiza-se na região do Douro, sub-região do Douro Superior, na freguesia de Muxagata, Vila Nova de Foz Côa. São 200 hectares de área total, dos quais 150 de vinha, apenas 10% de castas brancas. Dos restantes 90%, 16% pertencem à casta Tinta Barroca, 23% à Touriga Nacional, 13% à Touriga Franca, 13% à Tinta Roriz, 10% à Tinta da Barca e 15% de mistura. É com as uvas desta quinta e da Quinta dos Bons Ares que se faz o vinho Duas Quintas.

Salvou-se de morrer afogada

Com o início da construção da barragem do Côa, a Quinta de Ervamoira correu o risco de ser submersa. A descoberta das gravuras rupestres do Vale do Côa acabou por ditar a paragem das obras, em 1996.
A Ervamoira sobreviveu. Durante o plantio da vinha apareceram vestígios paleolíticos, romanos e medievais de ocupações anteriores. Estes foram reunidos num simpático Museu de Sítio de Ervamoira. Para comemorar os dez anos da paragem das obras da barragem foi
lançado em 2006 o Duas Quintas Celebração, um blend de vinhos de vários anos.


Fonte: ionline, Dezembro 2010

1 comentários:

Sim não haja dúvida,muito bela,mas pergunto quanto património rupestre não seria crucificado com os saibramentos efectuados em pleno coração da penascosa,fico naquilo que me parece,afinal a natureza tem destes caprichos.

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